São raros os argentinos que duvidam da capacidade de Javier Zanetti.
Tratado como um ídolo pela dedicação e o número de jogos pelo país, o
lateral sofre, porém, com uma marca negativa na carreira: jamais ergueu
um troféu com a camisa da seleção, que ninguém vestiu mais que ele. O
jejum dos bicampeões mundiais começou exatamente a partir da Copa
América de 1993. Ainda assim, Zanetti, de 38 anos, tem esperanças e nem
mesmo ter ficado fora das duas últimas Copas tira o fôlego deste
multi-recordista.
Neste sábado, a Argentina pode dar mais um passo à semifinal da
competição deste ano. Basta derrotar o Uruguai, às 19h (de Brasília), em
Santa Fé. Mas o jogador alerta para os perigos.
- Seria lindo (o título à essa altura), mas sabemos que ganhar um
campeonato assim é difícil. Tomara que aconteça nesta edição. Mas jogar
contra o Uruguai é sempre difícil. Além de um bom futebol, eles brigam e
lutam muito a cada partida - disse.
Por opções dos treinadores, o camisa 8 não foi às Copas de 2006 e 2010 -
depois de ter participado das duas anteriores. Mas não reclama e não
deixa de atender uma convocação.
- Acertei tranquilamente porque faz parte do futebol. E fui um torcedor a mais.
A sobriedade das respostas refletem a postura quanto ao fim de
carreira, que Zanetti sabe estar próximo, mas prefere não colocar prazo.
- Estar bem de cabeça e consigo mesmo é o segredo. Enquanto o físico
suportar, vou seguir. Vai chegar o momento em que digo basta. Depois
desta Copa América, vou estudar o que é melhor para mim e para a seleção
também - avisou, deixando no ar a chance de se aposentar primeiro das
partidas pela Argentina.
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