sábado, 16 de julho de 2011

Alison e Emanuel são o Brasil nas semifinais do Grand Slam de Moscou

Apenas Alison e Emanuel representam o Brasil nas semifinais do Grand Slam de Moscou do Circuito Mundial de Volêi de Praia.. Das outras três duplas brasileiras que chegaram às oitavas de final, Márcio/Ricardo acabou eliminado nessa fase, na despedida da dupla, que se separa após a disputa na capital russa, e Thiago/Harley e Bruno/Benjamin (outra parceria que termina) caíram nas quartas de final.

Neste domingo, Alison e Emanuel disputam vaga na decisão, neste mesmo dia, contra os chineses Xu e Wu, campeões nas areias de Moscou no ano passado. Na outra semifinal, duelam os suíços Heuscher e Bellaguarda e os americanos Rogers e Dalhausser, campeões olímpicos em Pequim-2008.

Neste sábado, os primeiros eliminados do Brasil foram Márcio e Ricardo. Os dois perderam, nas oitavas, para os australianos McHugh e  Slack por 2 sets a 0 (21/10 e 21/18).

Após Moscou, Márcio jogará com o ex-parceiro Benjamin, com quem atuou de 2000 a 2004. Ricardo, inicialmente, anunciou dupla com Pedro Solberg, que desfez a parceria com Pedro Cunha. Mas, diante do caso positivo de doping de Solberg, Ricardo atuará com Cunha.

Nas quartas de final, Bruno e Benjamin, que também encerram a parceira, foram superados no duelo brasileiro pelos líderes do ranking mundial, Alison e Emanuel: 2 sets a 0 (21/18 e 21/18). Nessa fase,

Thiago e Harley sucumbiram diante dos suíços Heuscher e Bellaguarda, de virada, por 2 a 1 (18/21, 22/20 e 15/12).

Até as oitavas de final, Brasil e Alemanha tinham o domínio da etapa russa, com quatro duplas classificadas, cada país. Mas todas as duplas alemãs acabaram eliminadas nas oitavas.
 
Quartas de final

Bruno-Benjamin (BRA) 0 x 2 Alison/Emanuel (BRA) (18/21 e 18/21)
McHugh/Slack (AUS) 1 x 2 Xu/Wu (CHN) (21/19, 16/21 e 11/15)
Fijalek/Prudel (POL) 0 x 2 Rogers/Dalhausser (EUA) (21/23 e 18/21)
Thiago/Harley (BRA) 1 x 2 Heuscher/Bellaguarda (SUI) (21/18, 20/22 e 12/15)
Oitavas de final
Semenov/Koshkarev (RUS) 1 x 2 Alison/Emanuel (BRA) (27/25, 11/21 e 13/15) (assista o vídeo ao lado)
Bruno/Benjamin (BRA) 2 x 1 Benes/Kubala (CZE) (21/17, 19/21 e 15/10)
Dollinger/Windscheif (GER) 1 x 2 Xu/Wu (CHN) (18/21, 29/27 e 10/15)
Márcio/Ricardo (BRA) 0 x 2 McHugh/Slack (10/21 e 18/21)
Erdmann/Matysik (GER) 1 x 2 Rogers/Dalhausser (EUA) (24/26, 21/18 e 8/15)
Nummerdor/Schuil (NED) 1 x 2 Fijalek/Prudel (POL) (22/20, 17/21 e 7/15)
Klemperer/Koreng (GER) 0 x 2 Heuscher/Bellaguarda (SUI) (19/21 e 16/21)
Brink/Reckermann (GER) 0 x 2 Thiago/Harley (BRA) (14/21 e 19/21)
O SporTV 2 transmite ao vivo as semifinais e finais masculinas do Grand Slam de Moscou no domingo, a partir de 6h (horário de Brasília), com narração de Clayton Carvalho e comentários de Sandra Pires.

Fora do consultório, dentista da Marinha vira líbero da seleção militar

Em meio a uma dúzia de jogadoras profissionais, incluindo uma campeã olímpica, um rosto desconhecido chama atenção. Companheira de Valeskinha no Botafogo e na seleção carioca quando era juvenil, a Capitão Tenente Martha Bonel foi liberada de suas tarefas de dentista da Marinha para reviver os dias de atleta como líbero da seleção de vôlei que se prepara para os Jogos Mundiais Militares.

“Descoberta” por um Coronel do Exército em um torneio de Masters no CT de Saquarema, a carioca nunca deixou de praticar esportes. Mesmo assim, confessa que sofreu um pouco até acompanhar o ritmo das atletas de ponta e que a comissão técnica alivia um pouco nas cobranças.

- A intensidade dos trabalhos é muito grande, mas aos poucos fui me adaptando. Nunca tinha jogado em alto nível assim e, depois de anos parada, voltar a jogar com meninas supercampeãs é algo que eu não podia imaginar. O Hélio (Griner, técnico do time) é danado e não deixa escapar nada, mas eles pegam mais leve comigo.

Apesar do esforço, Martha não participará da competição – apenas 12 atletas podem ser inscritas para as partidas. Mesmo assim, sente que cumpriu sua principal tarefa: deixar as atletas mais integradas à vida militar.
 
- No esporte pode acontecer qualquer coisa, e eu precisava estar preparada. Mesmo não podendo ficar no banco, vou estar junto com o grupo. Minha participação na equipe foi uma forma de integrar o grupo com a parte militar. Passamos um pouco da experiência para elas. Estão bem enquadradas, como costumamos dizer.

Mesmo liberada pelos superiores para treinar, Martha não se afastou completamente do trabalho neste período. Além de algumas visitas ao consultório, também exerceu a função junto ao elenco.

-Atendi a Natasha outro dia. Ela estava com muita dor de dente – contou, rindo.

Casado com Martha desde 2004, Adilson atacou de fotógrafo no treino da última quinta-feira. Também dentista, ele pratica tênis e futebol de salão, e torce para que o filho Rafael, de três anos, siga o bom exemplo.

- Gostamos muito de esporte e vamos fazer todo o esforço para que ele também pratique.
Com os dois na torcida, o Brasil estreia nos Jogos Mundiais Militares às 9h deste domingo, contra os Estados Unidos, no Maracanãzinho.

Com os dois na torcida, o Brasil estreia nos Jogos Mundiais Militares às 9h deste domingo, contra os Estados Unidos, no Maracanãzinho.

Apesar da grande oferta, ponteiras viram dor de cabeça na seleção

Mari, Paula Pequeno, Jaqueline, Natália, Fernanda Garay, Sassá. É grande a lista de opções que o técnico José Roberto Guimarães tem para ponteira da seleção brasileira. Mas, recentemente, a posição tem dado preocupação e trabalho para o treinador. Neste sábado, Mari e Paula Pequeno serão titulares no jogo contra a Itália, às 10h (de Brasília), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. A Rede Globo transmite o confronto ao vivo.

Em 2010, Mari sofreu o rompimento total do ligamento cruzado do joelho direito e Paula Pequeno fraturou o osso lateral (maléolo) do tornozelo esquerdo. As duas ficaram fora do Campeonato Mundial.
Em 2011, Natália passou por uma cirurgia para retirar um tumor benigno na canela esquerda e Jaqueline perdeu o bebê no início da gravidez.

- Talvez seja a posição que deu mais problema nesse ciclo, desde contusões como a Mari e a Paula no ano passado, o início da gravidez da Jaqueline, a Natália. Só aí já são quatro jogadoras em menos de um ano – lamentou Zé Roberto.

Sem poder contar com Natália e Jaqueline, o treinador ficou sem Mari para a disputa da Copa Pan-Americana depois que a jogadora pediu dispensa do torneio. Fernanda Garay acabou ganhando uma chance ao lado de Paula Pequeno e deu conta do recado. Mas, no retorno ao Brasil, ela acabou indo para a seleção militar, que disputa os Jogos Mundiais Militares no Rio de Janeiro. Mari voltou ao time.

Uma das soluções foi testar novas jogadoras. Suelle se juntou ao grupo na Copa Pan-Americana. Depois de disputar a Copa Yeltsin com a seleção de novas, Tandara ganhou uma oportunidade na equipe principal na Copa Internacional Feminina de Vôlei.

- Eu acho que a Suelle foi interessante. Ela tem bons fundamentos, mas eu até falei com ela que ela precisa melhorar a potência de ataque. A Tandara pode jogar na posição 4 (entrada de rede) e na 2 (saída de rede), mas precisa trabalhar mais o passe. Ela é outra que tem bons fundamentos também – analisou o treinador.

Até a oposto Juliana Nogueira entrou na mira do técnico, que não descarta testá-la na posição, mudança que aconteceu com Mari e Natália, por exemplo.

- Eu acho que todas têm que treinar passe. Isso é algo que só agrega e as melhora como jogadoras – destacou o técnico.

Juliana e Larissa batem chinesas e vão à final em Moscou

Tem Brasil na final feminina do Grand Slam de Moscou. Ao derrotarem Xue e Zhang Xi por 2 sets a 0 (parciais de 26/24 e 21/14) na manhã deste sábado, Juliana e Larissa se qualificaram para a decisão da etapa da Rússia do Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

No confronto decisivo, o time brasuca terá novamente pela frente as velha conhecidas May-Treanor e Walsh-EUA, que venceram as italianas Cicolari e Menegatti pelo mesmo placar (parciais de 21/15 e 21/16).

A partida final será igualmente neste sábado.

O primeiro set do duelo válido por uma das semifinais foi marcado pelo equilíbrio. As duplas se alternaram na ponta, com as chinesas chegando a desperdiçar dois set points. Com muita eficiência e paciência, Juliana e Larissa viraram e fecharam a primeira parcial em 26 a 24.

Com a suada vantagem no placar, o time brasuca voltou mais seguro e foi soberano no segundo set, que se tornou decisivo. Sobrando na quadra, Juliana e Larissa venceram por 21 a 14 e chegaram à quinta final na temporada.

Rival do Real em amistoso, baixinho Cardozo, do Galaxy, elogia o Barça

Com apenas 22 anos, o meia ofensivo Paolo Cardozo, do Los Angeles Galaxy, terá uma grande oportunidade de mostrar seu futebol para o mundo, neste sábado, às 23h (de Brasília), quando seu time, o mesmo do inglês David Beckham, encara o Real Madrid em um amistoso nos Estados Unidos. O jovem jogador quer impressionar os merengues, mas tem seu clube preferido: o Barcelona.

- Na Espanha, a equipe que admiro muito é o Barcelona, por sua forma de jogar. Hoje em dia, o melhor futebol do mundo está na Espanha, no Barcelona. Há poucos que conseguem jogar como o Barça. Ver uma partida deles é a coisa mais linda - relatou ao jornal espanhol "As".

Cardozo também falou sobre o técnico rival, José Mourinho, e sobre Cristiano Ronaldo.

- Gostaria de poder saudar o Cristiano Ronaldo. São jogadores que não se pode conhecer todos os dias. Tendo esse oportunidade, preciso aproveitá-la. Vou tentar pedir sua camisa (risos). Será uma partida linda, e se tiver que marcá-lo (CR7) com força, será feito. Há que jogar como se fosse uma final. (Mourinho) Não conheço muito, na verdade. Sei que é famoso lá fora, mas nunca prestei tanta atenção assim nele.

O atleta comentou a chance de atuar ao lado de David Beckham no futebol dos EUA.

- Ele é incrível, fala muito com a gente, surpreende por ser tão próximo. Não me dá vergonha perguntar a ele sobre sua fase no Real (risos). Posso perguntar o que quero a ele, mas me dá nervoso porque é o Beckham.

Apesar de ser uruguaio, nascido em Montevidéu, jogou nas divisões de base do River Plate, de 1996 a 2008. Um ano depois, o baixinho Cardozo (1,63 m) se transferiu para outro clube argentino, o Quilmes, onde foi descoberto e recebeu a oferta para ir para a MLS (Liga norte-americana), em 2011.

- Um dia me viram jogar no Quilmes e me ofereceram a chance. A oferta econômica era boa. Sabendo dos jogadores do Galaxy, não duvidei nem um momento. Há jogadores muito bons (no futebol americano). Os times vêm crescendo rápido e cada dia são mais competitivos. O futebol daqui é cada vez melhor. Há muitas partidas, toda quarta e sábado. Está a toda. Você não para de jogar - concluiu.

Ferrero vai à final em Stuttgart após suar para derrotar qualifier argentino

Juan Carlos Ferrero precisou de toda sua experiência neste sábado para derrotar o empolgado argentino Federico del Bonis. Atual número 240 do mundo, o sul-americano passou pelo qualifying e venceu seus primeiros jogos em eventos de nível ATP para alcançar as semifinais do torneio de Bastad, na Suécia. Ferrero, porém, pôs fim ao bom momento de Delbo e, por 3/6, 6/4 e 6/4, garantiu sua vaga na decisão.

Campeão de Roland Garros em 2003 e ex-número 1 do mundo, o espanhol alcança a 34ª final de sua carreira. A bela campanha na Suécia marca o fim de um período de lesões para Ferrero, que só disputou dos torneios antes de Bastad nesta temporada.

- A vitória hoje foi muito importante porque estou voltando de lesão, ganhando quatro jogos seguidos, adquirindo algum ritmo, felicidade e confiança - disse o tenista após o jogo. Este ano, Ferrero teve lesões no punho e nos joelho.

Na final, Ferrero, atual 85º colocado no ranking, vai enfrentar o compatriota Pablo Andujar (55º), que derrotou o polonês Lukasz Kubot (69º) por 6/4, 3/6 e 6/4, também neste sábado. Os dois já se enfrentaram uma vez - no ATP de Barcelona em 2007 -, e Andujar venceu depois da desistência do adversário logo no terceiro game.

- Nós dois somos de Valência, então para mim é um sonho porque ele é um grande jogador e fui fã dele quando era mais jovem - diz Andujar, de 25 anos, seis a menos que o adversário.

Sá e Ferreiro perdem para favoritos e ficam fora da final no ATP de Bastad

André Sá e Franco Ferreiro ficaram fora da final de duplas do ATP 250 de Bastad, na Suécia. Mineiro e gaúcho foram superados pela dupla cabeça de chave número 1, formada pelo sueco Robert Lindstedt e pelo romeno Horia Tecau. Os favoritos venceram por 6/2 e 6/3.

A decisão de duplas do torneio sueco terá três tenistas da casa. Além de Lindstedt, Simon Aspelin e Andreas Siljestrom, que jogam duplas, também venceram neste sábado. A parceria 100% sueca derrotou o russo Michail Elgin e o cazaque Mikhail Kukushkin por 3/6, 6/3 e 13/11.

Em casa, Soderling arrasa Berdych e vai atrás do bi no ATP de Bastad

Em um duelo de top 10, Robin Soderling, quinto do mundo, levou a melhor. Em casa, o sueco derrotou o tcheco Tomas Berdych, oitavo do ranking, por fáceis 6/1 e 6/0, em 70 minutos, e garantiu vaga na final do ATP 250 de Bastad, onde luta pelo bicampeonato. Na decisão, ele vai enfrentar o espanhol David Ferrer (sexto no rankin), que derrotou seu compatriota Nicolás Almagro (14º do mundo) com parciais de 6/1 e 6/3.

Esta será a terceira final de Soderling em Bastad: foi campeão em 2009 e perdeu no ano passado. Nesta temporada, o sueco venceu as três decisões que disputou: Marselha, Roterdã e Brisbane.

Já Berdych segue sem disputar um título desde que o Torneio de Wimbledon do ano passado, quando perdeu para o espanhol Rafael Nadal.

Deron Williams fecha com o Besiktas

O armador Deron Williams, que estava no New Jersey Nets, vai defender o Besiktas, da Turquia, durante a próxima temporada. Ele é o primeiro jogador da NBA a assinar com um time europeu. A liga americana esta em locaute.

- Acabei de oficializar. Vou para a Turquia....assinei com o Besiktas - escreveu Williams em seu perfil em uma rede social.

Segundo a imprensa americana, Deron, que ainda se recupera de uma cirurgia no pulso direito, receberá US$ 5 milhões (quase R$ 8 milhões) por um ano de contrato.

Como a NBA está em locaute - desde o dia 30 de junho -, os jogadores estão livres para negociar contratos. Se houver acordo entre o sindicato de jogadores e os proprietários dos clubes, Deron Williams poderá voltar.

Emerson ressalta papel de Tite na campanha irretocável do Corinthians

Mesmo tendo levado o Corinthians ao vice-campeonato paulista, a relação de Tite com a torcida oscilava muito. Ora xingamentos, ora elogios. Porém, com a arrancada no Brasileirão, o cenário mudou completamente. O treinador está com a moral elevada e tem seu papel reconhecido, principalmente pelos jogadores.

O atacante Emerson ressalta as conversas do técnico com o elenco. Para ele, o estilo do comandante, que exige marcação dos homens de frente e apoio dos atletas de defesa na criação de jogadas, é o diferencial do Timão.

- Na preleção, ele deixa bem claro que essa dupla função é importante. Ele fala: “vencemos porque merecemos. Merecemos porque os jogadores que teriam de fazer gol voltaram para marcar e porque o inverso também ocorre.”

Outro ponto das palestras de Tite que chama a atenção de Sheik é a questão da “entrega”. Segundo ele, o técnico valoriza o esforço e a dedicação dos comandados, deixando a pressão pela vitória em segundo plano.

- Uma coisa que Tite fala muito é em relação à entrega dentro de campo. Ganhando ou perdendo, ele fica satisfeito se a atuação é boa. O importante é repetir o desempenho, jogar bem e com vontade. Se perder, faz parte. Temos muitos jogadores jovens, mas o Tite consegue fazer com que ninguém se empolgue.

Perto do adeus, veterano Zanetti mira quebrar jejum pelo país: 'Seria lindo'

São raros os argentinos que duvidam da capacidade de Javier Zanetti. Tratado como um ídolo pela dedicação e o número de jogos pelo país, o lateral sofre, porém, com uma marca negativa na carreira: jamais ergueu um troféu com a camisa da seleção, que ninguém vestiu mais que ele. O jejum dos bicampeões mundiais começou exatamente a partir da Copa América de 1993. Ainda assim, Zanetti, de 38 anos, tem esperanças e nem mesmo ter ficado fora das duas últimas Copas tira o fôlego deste multi-recordista.

Neste sábado, a Argentina pode dar mais um passo à semifinal da competição deste ano. Basta derrotar o Uruguai, às 19h (de Brasília), em Santa Fé. Mas o jogador alerta para os perigos.

- Seria lindo (o título à essa altura), mas sabemos que ganhar um campeonato assim é difícil. Tomara que aconteça nesta edição. Mas jogar contra o Uruguai é sempre difícil. Além de um bom futebol, eles brigam e lutam muito a cada partida - disse.

Por opções dos treinadores, o camisa 8 não foi às Copas de 2006 e 2010 - depois de ter participado das duas anteriores. Mas não reclama e não deixa de atender uma convocação.

- Acertei tranquilamente porque faz parte do futebol. E fui um torcedor a mais.

A sobriedade das respostas refletem a postura quanto ao fim de carreira, que Zanetti sabe estar próximo, mas prefere não colocar prazo.

- Estar bem de cabeça e consigo mesmo é o segredo. Enquanto o físico suportar, vou seguir. Vai chegar o momento em que digo basta. Depois desta Copa América, vou estudar o que é melhor para mim e para a seleção também - avisou, deixando no ar a chance de se aposentar primeiro das partidas pela Argentina.

Colômbia e Peru prometem duelo ofensivo, e treinadores se provocam

Com duas vitórias, um empate, e nenhum gol sofrido na Copa América, a seleção da Colômbia, do lateral-esquerdo Armero, ex-Palmeiras, enfrentará o Peru, melhor terceiro colocado da fase de grupos, no jogo que abre a disputa das quartas de final, às 16h (horário de Brasília), em Córdoba, na Argentina. O lateral acredita que os colombianos estão no caminho certo, e que não precisam mudar o estilo de jogo para seguir na competição.

- O Peru será um adversário difícil. Temos que continuar jogando da mesma forma e não podemos mudar o nosso jeito. Eles estão jogando bem, trabalham bem a bola. Devemos tomar cuidado - explicou Armero.

No lado peruano, o atacante Guerrero, um dos mais experientes da equipe, tem dado conta do recado e marcou dois gols em três partidas. Satisfeito com o retrospecto, o jogador do Hamburgo acredita que o time tem a obrigação de manter o espírito ofensivo.

- Nós vamos atacar, queremos ganhá-los. É uma partida de quartas de final, não se pode ficar esperando na defesa - afirmou.

Amigos, amigos, negócios à parte

Sergio Markarián, técnido da seleção peruana, e Hernán Gómez, treinador da Colômbia são amigos de longa data, mas o clima amistoso ficou de lado quando os dois conversaram sobre o confronto. Markarián não resistiu e acabou provocando o rival.

- Eu disse para ele que pretendo chegar à final. A Colômbia tem uma equipe muito boa, mas eu me vejo nas semifinais. Me parece que seguiremos (na competição) até o dia 25, se Deus quiser - apontou.

Se Flamengo curte boa fase, 'primo pobre' vive crise técnica e política

Enquanto o Flamengo de Ronaldinho & Cia. realiza uma boa temporada, com direito a título estadual invicto, vice-liderança do Brasileiro e apenas uma derrota, seu xará do Piauí vive um momento negro de sua história. A Raposa, apelido do Fla local, encerra sua participação no Campeonato Piauiense neste sábado, contra o Picos, no Estádio Municipal Lindolfo Monteiro. Com apenas sete pontos em 15 jogos, a equipe - derrotada em todas as partidas do segundo turno - entraria em campo já rebaixada. A queda, porém, não se consumará pois não há rebaixamento previsto no regulamento deste ano, repetindo o do ano passado.

O presidente do Esporte Clube Flamengo, Jankel Costa, empossado no último dia 3, tenta explicar a crise.

- Estávamos sem presidente desde dezembro, quando a oposição, com uma liminar judicial, impediu a eleição sob a alegação de que ela não seria realizada de acordo com o estatuto do Flamengo. Assim, após a saída do Everaldo Cunha (presidente que o antecedeu e de quem Jankel era vice), a Justiça nomeou um interventor (José Telles). Ele, que nem torcedor do Flamengo é, assumiu o clube. Depois disso, como o José Telles não remarcou as eleições, algo que deveria ter feito, outro interventor, Raimundo Miranda, foi nomeado. Ele remarcou o pleito para o último dia 3, e eu venci Fernando Modesto por 62 votos a 50 - explicou, por telefone.

"Nossos treinos não são em dois períodos, pois os jogadores precisam de vale-transporte. Às vezes, tiramos do nosso próprio bolso"
Laércio, zagueiro
Em relação à péssima campanha do Rubro-Negro em campo, o massagista Neto Amâncio tem uma explicação simples: as péssimas condições de treino e salários irrisórios. A imprensa local, aliás, trata o local das atividades flamenguistas como um campo de várzea.

- Não era um campo de várzea, mas não é adequado para a prática do esporte. Muito duro, ele tem provocado diversas tendinites de joelho e tornozelo nos atletas. Não tínhamos trave móvel para treinar nossos goleiros. Os outros times treinam em dois expedientes enquanto nós só treinávamos em um período. Não fizemos trabalho em academia. Além disso, não dá para formar um time bom com jogadores ganhando entre R$ 500 e R$ 800. Um ou outro chegavam a um salário de R$ 2 mil, mas é muito raro. Acho que isso se deve aos seis meses em que ficamos sem diretoria. Agora temos presidente e acredito que as coisas vão melhorar - resumiu.

O zagueiro Laércio, um dos mais experientes do grupo, com 27 anos, endossa as palavras de Neto e amplifica a crise técnica da equipe, creditando-a à estrutura precária do clube.
- Treinamos num campo de pelada chamado Parentão, no subúrbio. À tarde, a população local joga bola ali. Como chegamos lá pela manhã, nunca precisamos pedir para ninguém sair, mas o Flamengo não nos oferece nenhuma estrutura. Nossos treinos não são em dois períodos, pois os jogadores precisam de vale-transporte. Às vezes, tiramos do nosso próprio bolso. Falta dinheiro para pegar ônibus duas vezes para a maioria do time. Em geral, eles tiram um salário mínimo (R$ 545). Recebo um pouco mais por ter mais rodagem - explicou.

O defensor ainda atribui os sete pontos conquistados em 15 jogos à entrada de garotos oriundos do Rio de Janeiro, todos trazidos por um empresário - Laércio, Jankel e Everaldo garantiram não saber o nome dele.

- A maioria tinha entre 20 e 21 anos. Acredito que eles não se adaptaram ao nosso futebol. Quase todos assinaram seu primeiro contrato no Flamengo. Agora tive uma informação de que foram jogar a Segunda Divisão de Goiás. Essa crise política explica nossa queda. De 2009 a 2010 ficamos 29 jogos invictos. O Fla sempre teve problemas, mas neste ano ele extrapolou. Confesso que não tenho planos de ficar - concluiu.

O presidente Jankel Costa garante que a diretoria anterior não tem qualquer responsabilidade pelo fracasso do clube e promete recorrer ao primo rico Flamengo. Assim, ele acredita que poderá limpar o nome do Rubro-Negro do Piauí, que participou da Série A nos anos de 1976, 1977, 1978, 1980 e 1985.
- Vou me reunir com a Patrícia Amorim e o Helinho (Ferraz, vice-presidente) e demonstrar a situação do nosso Flamengo, o primo pobre. Espero aprender com eles modelos de administração, conseguir know-how e, no ano que vem, vocês vão nos procurar para fazer uma reportagem sobre o título estadual do meu Flamengo - concluiu.

O fato é que o Flamengo-PI encerra suas atividades futebolísticas de 2011 no sábado moralmente rebaixado. E não seria a primeira queda do clube - caiu pela primeira vez em 2007. Segundo o próprio presidente Jankel, o retorno à elite piauiense só foi possível após uma manobra no tapetão.

Toró aliviado: ‘Sei das dificuldades de enfrentá-los com aqueles jogadores’

A vitória do Brasil sobre o Equador, por 4 a 2, na quarta-feira, deixou a maioria dos brasileiros feliz. A Seleção se classificou para as quartas de final da Copa América e enfrenta o Paraguai no domingo, às 16h (de Brasília). Toró foi um dos brasileiros que gostou do resultado, mas não só pela classificação da equipe de Mano Menezes. O volante do Galo gostou, sobretudo, do fato de não ter que encarar Neymar, Paulo Henrique Ganso e Elano, todos servindo o escrete canarinho.
- Estava torcendo (pela classificação), porque sou brasileiro, e mais ainda pelos jogadores que estão lá. Sei das dificuldades de enfrentar o Santos com aqueles jogadores (Neymar, Ganso e Elano). O Santos é uma boa equipe, eles ganharam a Libertadores não foi à toa.
Confirmado de volta ao time titular na vaga do suspenso Richarlyson, Toró comenta sobre as mudanças e opções.
- Normal. Sei dos meus valores, sei que o grupo é muito qualificado. Quem não treinar tão bem durante a semana não terá as oportunidades. Foi assim comigo, com o Dudu Cearense, Daniel Carvalho. Isso é bom porque serve de exemplo, mostrando que o jogador tem que se dedicar cada dia mais.
O Galo enfrenta o Santos neste sábado, às 21h, na Vila Belmiro.